ausência, toda essa;
toda essa, ausência;
ela que chega, ausência
que senta, fica, se instala
nessa ausência; lembro,
chego, existo, falo
nessa ausência constante,
distância, distante
ausente, pensamentos
isolamentos, a ausência
sem cura, segue, sem curva
agarra, larga, agarra ausente;
nesta ausênciamente, cadê a mente?
que pensa, se apavora, se expressa
no corpo, o todo, o desejo
e a vontade, quem me derá
se antes de toda essa baderna
eu tivesse você tão perto
quanto uma viela;
ausente, no contexto de toda cama
a fronha, o berço, o lenço
só, sozinho, nunca junto;
buraco fundo, e o mundo, sendo outro mundo,
ausencieis outras palavras
pois já cansei dessas;
ausente, agora e nunca e nem jamais pra sempre!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
"Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se m...ostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. “
Clarice Lispector
quinta-feira, 30 de junho de 2011
ser felizzzz
Ser feliz
A felicidade
O brilho nos olhos
parece tão distante
Mas só será se eu permitir
Chega de guardar!
Chega de fingir!
Dentro do que realmente se quer...
Só dizê-lo se assim for quando necessário...
E se faz presente, principalmente na realidade...
Eu quero o que?
Definitivamente, ser feliz...
Talvez eu brigue uma vida inteira para tal. Ou não.
ultimos dias de morte...
De todos os dias de morte,
Morte tão imensa que chega no topo,
Vou em todos buracos,
Olho todos eles,
Lentamente,
Derrubo todas as tentativas dos mais enegrecidos buracos,
Que me carregam para os mesmos lugares, onde eu não quero ir, não quero estar, não devo estar...
Ranascimento,
O vento atrasado corre pra trazer esse o maior desejado,
que não aparecia em nenhum dos buracos...
na incansável espera,
sigo inquieto e quase gritando sobre as mortes de todos os dias..
O tempo agora é de renascer!
Morte tão imensa que chega no topo,
Vou em todos buracos,
Olho todos eles,
Lentamente,
Derrubo todas as tentativas dos mais enegrecidos buracos,
Que me carregam para os mesmos lugares, onde eu não quero ir, não quero estar, não devo estar...
Ranascimento,
O vento atrasado corre pra trazer esse o maior desejado,
que não aparecia em nenhum dos buracos...
na incansável espera,
sigo inquieto e quase gritando sobre as mortes de todos os dias..
O tempo agora é de renascer!
quarta-feira, 8 de junho de 2011
a praça no amanhecer...
...Aqui estou, só e numa praça...
Enxergo as pessoas, os desenhos da flores e dos meus pensamentos que andam
tão rabiscados e sujos de tintas que não escolhi mas que ainda consiste de
muitas esperanças.
Penso em ideais, no engano de mim mesmo faço descobertas, ainda tenho medo do
que vem depois. Agora busco luz. Uma luz que tá em mim e eu perdi. Nem sei quando foi
e que precisa acordar!
Enxergo as pessoas, os desenhos da flores e dos meus pensamentos que andam
tão rabiscados e sujos de tintas que não escolhi mas que ainda consiste de
muitas esperanças.
Penso em ideais, no engano de mim mesmo faço descobertas, ainda tenho medo do
que vem depois. Agora busco luz. Uma luz que tá em mim e eu perdi. Nem sei quando foi
e que precisa acordar!
das placas que não me interessam....
...A cena no banco da praça se repete, olhares, cheiros e todas as placas
da cidade nos postes que só mostram o que não me interessa...
da cidade nos postes que só mostram o que não me interessa...
Do rapaz e no desejo do garoto verde nos olhos...
... E junto no desejo parecido nos encontramos...
Era vento na janela, neblima que cobria todo vidro...
Nada demais parecia além do suave carinhos nos cabelos, mas as pernas começavam a
se cruzar e seus dedos convidavam os meus lábios a se aproximar...
E ele se aproxima, o receio que existia vai embora, sinto o teu corpo como se fosse o
meu, ali sentindo do beijo vou embora por entre as janelas e montanhas que não enxergamos
do lado de fora...
Confesso que fiquei surpreso, surpreso por si só...
E por si surpreso gostei do que fazia e do que faziamos...
Era bom, Era livre, mesmo travado com o nó no peito...
Me provocava!
Nos provocavamos!
E seguiamos, rumo a um destino sem fim, ali perto e com o cheiro no corpo
e com a alma alegre por ter tirado todo aquele branco de dentro de si...
...a rasgada da tanga em palavras...
...Eu escrevo pra não me engolirem...
Eu escrevo pra me apropriar...
Quando tá devagar, tem que ir mais rápido...
Quando tá muito rápido, tá tão rápido que atropela...
O erro é sempre de quem se arrisca mais e quando se arrisca mais é muito...
E logo sofre-se o dobro!
Apontamentos e indelicadezas...
Falta de generosidade e grande dificuldade em resolver problemas, individual
torna-se coletivo no minúsculo, falo de mim, falo de todos, falo da vida...
Eu escrevo pra me apropriar...
Quando tá devagar, tem que ir mais rápido...
Quando tá muito rápido, tá tão rápido que atropela...
O erro é sempre de quem se arrisca mais e quando se arrisca mais é muito...
E logo sofre-se o dobro!
Apontamentos e indelicadezas...
Falta de generosidade e grande dificuldade em resolver problemas, individual
torna-se coletivo no minúsculo, falo de mim, falo de todos, falo da vida...
...Quando a cidade é fria e sombria, o vento vem um pouco mais forte trazendo nele
sensações antigas de tempos vividos de pessoas que ainda fazem parte e das crises
noturnas que só uma cidade pequena e do interior mostra escancaradamente como o
corrego que carrega o rio, água, o pão e o olhar, o olhar imaginario na árvore
escondida, fazendo medo em todos olhares do rio, alguém diz ''cidade esquisita''
dessas de minas, dessas mineiras, dessas daqui...
da careca ainda...
das lembranças...
do garoto que partiu e deixou uma parte aqui em mim...
....Nos meus olhos lágrimas estão caindo, caindo bem... Bem debaixo dos teus abraços
não vou esquecer a sua coragem... E nas suas entranhas encontrará o que
precisamos... Especial sim, saudade bateu logo na saída junto os galhos e flores...
O ceú estava da cor que me encontro.
não vou esquecer a sua coragem... E nas suas entranhas encontrará o que
precisamos... Especial sim, saudade bateu logo na saída junto os galhos e flores...
O ceú estava da cor que me encontro.
da careca lá de sp...
Ela, que não é India,
Nem tão dentro a Realidade,
Pintou seus cabelos Negros,
Conheceu tanta gente,
E foi pro Mar,
...Agora Careca,
Insisti no amor,
Eu distante, chamo, imploro e grito:
Joga pedra na Ginisi!
Nem tão dentro a Realidade,
Pintou seus cabelos Negros,
Conheceu tanta gente,
E foi pro Mar,
...Agora Careca,
Insisti no amor,
Eu distante, chamo, imploro e grito:
Joga pedra na Ginisi!
do amor...
...Parace você querer me pertubar...
por que insisti nessa minha inquietação?
Quem foi que permitiu no obscuro da noite colocar teus lábios ressecados nos meus cortados?
pelos, dedos, sangue e suor...
do calor abafado de todas as portas fechadas...
você não fechado, eu não fechado, inconsciente faziamos alguma coisa, que explicando não consigo
decifrar mas conciente de que gostavamos e queriamos o que faziamos.
O teu lábio não enconstou e outra vez, seus cabelos estavam em minhas mãos, por estarmos ''inconcientes''
nem lembro quem chegou primeiro, se o cabelo ou a mão. Que droga era essa que faziamos de nós dois tolos
numa madrugada tão abafada dentro de si?
é a volta? é a Volta? Mas temos combinados, não vamos voar por terras que não queremos...
Voar por aqui, baixinho e ainda quietos...
Mas a inquietação tá voltando aos poucos e por você...
Não como culpa, mas por algum motivo que ainda haverá ''descoberta''
pelos, dedos, sangue e suor...
suor, suor, suor, eu na descoberta vi o suor, grande ainda!
Madrugadas, são sempre elas...
por que insisti nessa minha inquietação?
Quem foi que permitiu no obscuro da noite colocar teus lábios ressecados nos meus cortados?
pelos, dedos, sangue e suor...
do calor abafado de todas as portas fechadas...
você não fechado, eu não fechado, inconsciente faziamos alguma coisa, que explicando não consigo
decifrar mas conciente de que gostavamos e queriamos o que faziamos.
O teu lábio não enconstou e outra vez, seus cabelos estavam em minhas mãos, por estarmos ''inconcientes''
nem lembro quem chegou primeiro, se o cabelo ou a mão. Que droga era essa que faziamos de nós dois tolos
numa madrugada tão abafada dentro de si?
é a volta? é a Volta? Mas temos combinados, não vamos voar por terras que não queremos...
Voar por aqui, baixinho e ainda quietos...
Mas a inquietação tá voltando aos poucos e por você...
Não como culpa, mas por algum motivo que ainda haverá ''descoberta''
pelos, dedos, sangue e suor...
suor, suor, suor, eu na descoberta vi o suor, grande ainda!
Madrugadas, são sempre elas...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Dos Renascimentos...
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
foto: felipe freitas
sábado, 5 de março de 2011
do amanhecer dos dias em que não acontece nada comum...
...acordei descalço e descabelado, levei até o lixo os restos de vida, fui caminhando até a padaria,
sai com dois pães do tamanho do ser humano que ainda me sinto, de tão pequenos que são,continuei
andando e sentido queimar bem forte os meus pés do chão tão quente, sem pular ou me precipitar,
entrei, tranquei e passei pelo jardim com aquelas borboletas cinzas e brancas correndo
de um lado para o outro...e eu sigo...e para o deserto...
os sangues que trazem
...Antes quando o maior medo existia em mim, queria a todo custo limpar rapidamente
qualquer ameaça de sangue que surgisse em meu corpo...e Hoje, quando percebo que o
sangue saem dos meus dedos e poros, o pressiono levemente na tentativa de sentir e deixar
o sangue escorrer por onde ele quiser ir...deixa...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
antes de dormir..
é sempre antes de dormir que nos conhecemos melhor.
é sempre antes de dormir que te aqueço mais.
é sempre antes de dormir que me esqueço mais.
é sempre antes de dormir que te quero mais.
é sempre antes de dormir que desejo mais.
é sempre antes de dormir, que nos olhamos, nos ouvimos, nos abraçamos,
nos falamos palavras de tantas coisas boas e também brigamos pra não
deixarmos de ser menos humano.
mas é sempre antes de dormir que te vejo dentro de mim.
sempre antes de dormir, sempre.
antes de dormir, sempre antes, um pouco depois dormimos, mas não sonhamos.
Ou sonhamos, claro. Mas não juntos.
Antes de dormir me falou e ainda lembro, que eu te dou forças, que nossas almas
se unem, que somos ainda que muito diferentes um do outro mas parecidos.
E que sim, que vamos viver algo juntos, porém enxergaremos lá no fundo
que a nossa amizade é muito maior que tudo isso, ainda faz comparações,
pra não deixar de ser o que és.
é sempre antes de dormir que choras pra mim.
é sempre antes de dormir que mostra suas fragilidades.
é sempre antes de dormir que tento compreede-lo.
é sempre antes de dormir, que fala o quanto, o tanto que gosto de você.
é sempre antes de dormir que você faz o mesmo.
é sempre antes de dormir, antes um pouco.
dormimos e acordamos, mas é sempre antes.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
passa o dia 26...
O tempo passa...
O passar do tempo vai deixando louco qualquer esquizofrênico...
Quando descubro o que está escondindo em você, fico surpreso, surpresa essa que me deixa triste...e tão triste...
você vem até mim, me beija, me olha, fala de coisas também boas, me beija mais uma vez...não o beijo do desejo, mas o beijo.
O seu olhar vem me dizer que é muito estranha a nossa ligação, eu na minha tristeza finjo não ouvir o que você diz, mas quando
fala sobre ''aestranhaligação'' olho pra você, com olhar que você já conhece...
Sei que quando isso acontece me quer bem, como eu também o quero...
Deito, encosto, viro, torço, remexo...
Encosto, deito, distorço, reviro, refaço...
e mais uma vez vem me beijar...não o beijo do desejo, mas o beijo.
adormeço, reviro, remexo, acordo, encosto...
devaneio, imagens de vazio...e te beijo, com o beijo do desejo, mas não o que deveria, mas sim.
acordo e vou até a cozinha, lá bebo a minha vontade pra tentar dormir em paz.
Reflito a loucura da vida, ouvindo barulhos do ventos que batem na cortina que antes me fazia medo...
mas que ao seu lado me da segurança...
ainda na mesma tristeza inicial, meus olhos apertam, não pelo sono ou insônia...e apertam...
pego pela milesima vez em suas mãos, e chego a conclusão de que elas não são suficiente para o meu tamanho desejo...
te desejo! te desejo! E te desejo!
ai, delírios da madrugada, me prepare para o restante da vida depois do dia que estar por vir....
amém!
?????? amo hoje te?????
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
sobre começar o que todo mundo comemora
histórias entrecortadas, como uma cara de caneca e uma barraca em desordem, que passam, passam e tropeçam e caem,e eles, eles bebem, observam, andam, esquecem, também vendem óculos, mas só as vezes se arriscam com mais intensidade, dormem, gritos durante a madrugada, pessoas que maldam, um não dorme o outro pedra, então uma sensação de frio,ao acordar vai para o mar fazer xixi talvez, o outro espera, esperam, esperam, uma passagem de volta ao destino, no transporte, alguém beija na boca o outro que esta sentado, em cima, em cima e uma louca, loucura dessas que vale a pena repetir...Fez paz e paciência nesse ínicio de 2011.
das frestas da janela...
Resolvo e vou ao seu encontro...
entro, vejo você....
e que surpresa, nós olhamos e conversamos...
nem sempre assuntos agradaveis e que me faz bem...
e você levanta, ainda quase sem roupa, fica entre a parede verde e as frestes da janela, que faz com
que uma imagem surja e eu escreva sobre tudo isso...
seus olhos que não são negros, mas são tão lindos, tão lindos...que eu me perco por entre as frestas, paredes
e toda imagem, quase me humilhando de te observar...
é tão bonito sentir!
é tão mais bonito se permitir a isso...sensações são para deixar o corpo maluco...
então deito ao seu lado, passa um filme em algum lugar do quarto, ao lado da cama talvez...
ouço tudo e mais um pouco, embora nem queira...e digo que realmente não tenho - ou não quero -
ter nenhuma opinião a respeito...
e me canta:
(...)sobre o que é o amor
sobre o que eu nem sei quem sou
se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou
se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor (...)
e intruduz no meu ouvido, ainda que surdo de um lado, de um forma incrível por ser você cantando...
ao final, durmo bem e acordo durante a madrugada, mais uma vez nós olhamos e me abraça...
pergunto "está com dor?" e sem falar nada, só o gesto negativo da cabeça me responde...
te abraço como retribuição e adormecemos...
amém minha oração da madrugada!
Assinar:
Postagens (Atom)